O talento de uma pessoa não é algo que se aprende pois é inato. Normalmente o que se faz é lapidar esse “dom” para que se torne uma habilidade e posteriormente uma competência.
Mas a Empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender as razões do outro, mesmo não concordando, pode ser aprendida.
Diferente de sentir pena, quem tem empatia compreende o porquê das escolhas alheias, é capaz de “ouvir” perguntas que foram apenas pensadas, sabe encontrar as palavras certas e o tom adequado para dizê-las.
A criança pequena pouco sabe separar o que é ela e o que é o mundo à sua volta. Naturalmente sofre com as dores ao seu redor pela simples percepção sensitiva. Porém, dependendo do ambiente em que está inserida, com o passar dos anos, acaba perdendo essa capacidade intuitiva de ver o mundo com os olhos dos outros. Seja pela correria das grandes cidades, seja pela alta demanda de atividades, o fato é que o cotidiano passa a ser superficial, cheio de afazeres, sem tempo de longas conversas em família.
Mas então, como podemos aprender a ter empatia?
Durante um conflito, ao se observar e observar o outro, o indivíduo pode perceber que sentimentos a fala do outro lhe afloram, tentando prestar atenção ao que está sendo dito sem julgamentos.
Esse pequeno ato lhe permitirá identificar o sentimento incômodo e perceber que as palavras mal recebidas não necessariamente são para si. Podem ser uma simples reação do outro que também quer ter suas necessidades reconhecidas.
Então, sem pré-julgamentos, é possível expressar para o interlocutor, seus sentimentos gerados pela forma dele se reportar, e ao mesmo tempo procurar entender dele quais as necessidades não atendidas? E assim, sem barreiras defensivas, exercitando a empatia consigo e com o outro, a comunicação flui para um resultado positivo.