Categoria: criação dos filhos

Empatia, o talento que se aprende!

Empatia, o talento que se aprende!

empatiaO talento de uma pessoa não é algo que se aprende pois é inato. Normalmente o que se faz é lapidar esse “dom” para que se torne uma habilidade e posteriormente uma competência.

Mas a Empatia, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro, de entender as razões do outro, mesmo não concordando, pode ser aprendida.

Diferente de sentir pena, quem tem empatia compreende o porquê das escolhas alheias, é capaz de “ouvir” perguntas que foram apenas pensadas, sabe encontrar as palavras certas e o tom adequado para dizê-las.

A criança pequena pouco sabe separar o que é ela e o que é o mundo à sua volta. Naturalmente sofre com as dores ao seu redor pela simples percepção sensitiva. Porém, dependendo do ambiente em que está inserida, com o passar dos anos, acaba perdendo essa capacidade intuitiva de ver o mundo com os olhos dos outros. Seja pela correria das grandes cidades, seja pela alta demanda de atividades, o fato é que o cotidiano passa a ser superficial, cheio de afazeres, sem tempo de longas conversas em família.

Mas então, como podemos aprender a ter empatia?

Durante um conflito, ao se observar e observar o outro, o indivíduo pode perceber que sentimentos a fala do outro lhe afloram, tentando prestar atenção ao que está sendo dito sem julgamentos.

Esse pequeno ato lhe permitirá identificar o sentimento incômodo e perceber que as palavras mal recebidas não necessariamente são para si. Podem ser uma simples reação do outro que também quer ter suas necessidades reconhecidas.

Então, sem pré-julgamentos, é possível expressar para o interlocutor, seus sentimentos gerados pela forma dele se reportar, e ao mesmo tempo procurar entender dele quais as necessidades não atendidas? E assim, sem barreiras defensivas, exercitando a empatia consigo e com o outro, a comunicação flui para um resultado positivo.

Uma boa comunicação familiar

Uma boa comunicação familiar

comunicação familiar 

A maior parte dos conflitos acontecem por falta de uma boa comunicação. Seja por dificuldades em expressar os sentimentos, seja pela relutância em se colocar no lugar do outro, o fato é que em alguma parte do caminho o contato se perde e a informação fica distorcida ou é interrompida. Nessas horas, as relações se maculam e os dois lados saem machucados.

Entre pais e filhos manter uma boa comunicação é ainda mais importante, uma vez que os pais são referências para os filhos. Se o jovem perde sua referência, ou passa a não acreditar que é ouvido e respeitado pelos pais ou responsáveis, pode envolver-se com más companhias e colocar-se em risco. Já os filhos, se também não se esforçam para ouvir e seus pais, passam a percepção de serem displicentes e intolerantes, acabando por perder a razão e a confiança neles depositada.

Saber ouvir sem julgar, colocar-se no lugar do outro para entender suas necessidades são exercícios diários aos quais pais e filhos devem se habituar.

Conforme o autor de “Comunicação não-violenta” (ROSENBERG, 2006), ter empatia, ou seja, ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, é a chave para a solução dos problemas de comunicação.

Por exemplo, num conflito com seus pais, observar a situação, percebendo os sentimentos que estão aflorando, ajuda a entender que necessidades suas não estão sendo atendidas. Ao identifica-las, é possível então fazer um pedido claro do que você precisa.

O mesmo vale para os pais que ao observar a situação, podem se colocar no lugar do filho e perceber os sentimentos dele, tentando identificar suas necessidades. Dessa forma, é possível então perguntar ao filho sobre suas necessidades (as que achamos que ele tem), dando-lhe a valiosa oportunidade de pensar sobre o que realmente precisa e nos corrigir, caso necessário.

Assim, pais e filhos podem chegar a um consenso em que filhos se sentem felizes por serem ouvidos e acolhidos, e pais sentem-se gratos por estarem mais próximos dos filhos, podendo ajudar-lhes. Quer saber mais? Entre em contato.