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Árvores velhas não se transplantam?

Árvores velhas não se transplantam?

mãe e paiHoje, doze de agosto de 2021, 46 anos depois da última mudança que fizeram, meus pais, já na casa dos 80 anos, mudaram-se de São Paulo para Bertioga, litoral paulista.

Esse fato para mim é muito significativo pois meu pai especificamente, é uma pessoa de raízes, que valoriza o que tem. Ele é, ou era…, apegado às memórias e lembranças. Não vende nenhum imóvel, principalmente os herdados, justamente pelo seu valor sentimental.

Mas tenho percebido nele, neles, uma mudança de comportamento. Chego a pensar que essa mudança tem vindo da quebra de paradigmas que eu e minhas irmãs de certa forma temos lhes imposto nesses últimos anos, além da pandemia, é claro, que os ensinou que gostam mesmo de liberdade. Tenho tanto em comum com eles…, por que será, hem?!

E, pensando no fato deles terem feito toda a mudança sozinhos, SIM, sozinhos compraram uma casa linda, do jeito que queriam, estão a decorando com todo carinho e passaram as duas últimas semanas empacotando e revendo quase cinquenta anos de história, chego mais uma vez à mesma conclusão que tive há 7 anos atrás e mais recente há um ano, quando tomei decisões drásticas na minha vida no sentido de buscar a felicidade, ao deixar minha profissão de arquiteta, com a qual hoje pouco me identifico, e ao me separar do pai da Luiza e do Marcos.

Não tem idade na vida para tomarmos decisões importantes que nos levem em busca do nosso propósito como ser humano e felicidade!

Há uns anos atrás meu pai nem pensava em, sequer, reformar a casa. Ele dizia que “raiz velha não se transplanta”, pois morre. Hoje, mais “velhos” em idade, meu pai com 81 e minha mãe com 78 anos, porém infinitamente mais jovens em mentalidade e até em feições, eles disseram para mim que sim, é possível se transplantar uma raiz velha, desde que o transplante seja feito com Amor!

Não me esquecerei desse ensinamento e sou grata por ter a oportunidade de ser filha de dois seres tão à frente do seu tempo, desde de que me conheço por gente, que me deram as bases de uma educação disciplinada, mas ao mesmo tempo amorosa, que sempre incentivaram nossos sonhos, meus e das minhas irmãs, sem nos impor suas vontades.

Se hoje posso ajudar jovens a crescerem enquanto pessoas, para tornarem-se donos de si e com maturidade para tomarem boas decisões, é por que tive uma escola excepcional em que ainda aprendo todos os dias.

Em tempo, esse artigo foi escrito em 2021, hoje (2023) depois de um grave acidente, eles já se mudaram novamente, para Florianópolis, SC. O detalhe é que estão melhores do que antes!!mudanças

Uma boa comunicação familiar

Uma boa comunicação familiar

comunicação familiar 

A maior parte dos conflitos acontecem por falta de uma boa comunicação. Seja por dificuldades em expressar os sentimentos, seja pela relutância em se colocar no lugar do outro, o fato é que em alguma parte do caminho o contato se perde e a informação fica distorcida ou é interrompida. Nessas horas, as relações se maculam e os dois lados saem machucados.

Entre pais e filhos manter uma boa comunicação é ainda mais importante, uma vez que os pais são referências para os filhos. Se o jovem perde sua referência, ou passa a não acreditar que é ouvido e respeitado pelos pais ou responsáveis, pode envolver-se com más companhias e colocar-se em risco. Já os filhos, se também não se esforçam para ouvir e seus pais, passam a percepção de serem displicentes e intolerantes, acabando por perder a razão e a confiança neles depositada.

Saber ouvir sem julgar, colocar-se no lugar do outro para entender suas necessidades são exercícios diários aos quais pais e filhos devem se habituar.

Conforme o autor de “Comunicação não-violenta” (ROSENBERG, 2006), ter empatia, ou seja, ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, é a chave para a solução dos problemas de comunicação.

Por exemplo, num conflito com seus pais, observar a situação, percebendo os sentimentos que estão aflorando, ajuda a entender que necessidades suas não estão sendo atendidas. Ao identifica-las, é possível então fazer um pedido claro do que você precisa.

O mesmo vale para os pais que ao observar a situação, podem se colocar no lugar do filho e perceber os sentimentos dele, tentando identificar suas necessidades. Dessa forma, é possível então perguntar ao filho sobre suas necessidades (as que achamos que ele tem), dando-lhe a valiosa oportunidade de pensar sobre o que realmente precisa e nos corrigir, caso necessário.

Assim, pais e filhos podem chegar a um consenso em que filhos se sentem felizes por serem ouvidos e acolhidos, e pais sentem-se gratos por estarem mais próximos dos filhos, podendo ajudar-lhes. Quer saber mais? Entre em contato.